Moncho López e a prenda ao aniversariante
A notícia da semana foi a trégua acordada entre o FC Porto e a FPB que deixaram os azuis e brancos focados na liga, sem pensar em vindouras faltas de comparência. O último clássico acabou com a vitória dos dragões e a intenção era repetir essa façanha, agora em casa, fechando o ano em grande e dando ao presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, uma prenda de aniversário.
Moncho López fez alinhar no jogo Kloof, Tinsley, Odomes, João Soares e Miguel Queiroz, a equipa da cidade invicta tinha em Arledge e Landis duas baixas de peso (Purifoy já rumou ao VSC). Já Luís Magalhães lançou Travante, Micah Downs, Diogo Ventura, João Fernandes e Joshua Patton.
Sob o olhar atento do aniversariante, os dragões tiveram no habitual Tinsley (14pts - 4/6 3pt, 4ast) o bastião da resistência às investidas leoninas, o americano ia aproveitando os lançamentos de 3 pontos que eram essenciais para mascarar as claras debilidades no jogo ofensivo interior dos portistas. Os azuis e brancos iam conseguindo criar
dificuldades ao Sporting e venciam o encontro graças às mexidas do treinador galego que soube fazer entrar Vlad (2pts) e Amarante (6pts) que colocaram dificuldades ao 5 dos leões, que foram buscar Omlid ao banco, mas não entrou da melhor forma.
Apesar da já mencionada fraqueza dos dragões no jogo interior, essa diferença (de estatura) não era notada nos ressaltos, com o Porto a conseguir vencer nesse capítulo devido à intensidade de Queiroz (9pts, 15rst) e ao atleticismo de Odomes (11pts, 9rst, 2ast).
O segundo quarto começou com a equipa da casa em vantagem pela margem mínima, mas o jogo alterou-se, a intensidade foi maior e assistimos a vários contra-ataques dos dois conjuntos, mas que não se iam traduzindo em pontos, sem Queiroz o Porto continuava a dominar a tabela, com Mus Barro (6pts, 8rst) a entrar bem na partida. Depois de uma lance livre madrugador de Omlid (5pts, 3rst) (que ia mostrando as capacidades que fazem dele um dos melhores da liga) o encontro ficou mais de 3 minutos sem qualquer alteração no marcador, de facto, o parcial de 17-16 não espelha bem a realidade de grande parte dessa fase do jogo, tanto que estes pontos foram quase todos convertidos na fase final do 2º quarto. Com um Sporting um pouco desinspirado, Luís Magalhães recorreu ao banco e escolheu Travante (17pts, 5rst, 6ast) para reverter a situação, que como seria de esperar, resultou, o americano jogou e fez jogar e permitiu que os leões levassem uma desvantagem de apenas 2 pontos para o intervalo, numa (quase)reviravolta que também deve muito a António Monteiro,
A segunda parte do encontro começou de forma parecida à primeira, isto é, com um triplo de Tinsley, que só não jogou mais do que 18:00 minutos por ter acumulado faltas muito rapidamente, para desgosto de Moncho López o número 5 da formação azul e branca fez a 4ª falta ainda com mais de 7 minutos para serem jogados no 3º quarto. Na ausência de Tinsley era Kloof (2pts, 4rst, 8ast) quem ia liderando os dragões, o neerlandês nem fez muitos pontos e até foi sendo anulado ofensivamente (a turma de Luís Magalhães estudou bem o adversário e soube aproveitar o mau lançamento do reforço portista), mas conseguiu ler o que o jogo pedia e foi sendo expedito no momento de soltar e assistir os colegas.
No derradeiro quarto também Vlad pisaria o risco (4 faltas) mas seria Ventura a acabar expulso (ver destaques). A parceria Kloof - Miguel Queiroz ia dando soluções no ataque portista, que não aparecendo iam sendo concretizadas no tiro exterior por Jorgensen (9pts) ou João Soares (7pts, 2rst). Patton (16pts, 6rst, 1ast) ainda ameaçaria uma reviravolta, mas o jogo já não fugia aos dragões que voltam a vencer em clássicos (já tinha vencido o Benfica e voltam a ganhar ao Sporting). RESULTADO: FC PORTO 66 - 59 SPORTING CP
Após meses tensos na modalidade azul e branca, parece que esta prenda de Moncho a Pinto da Costa pode aclarar as intenções portistas e manter os dragões na busca do troféu que lhes vem escapando nos últimos anos.
"You get a tech, you get a tech"
O meme da Oprah será o mais indicado para exemplificar aquilo que foi a solução da tripla de arbitragem para conter as maneifestações excessivas dos jogadores. Diogo Ventura acabaria por ser expulso com duas sanções deste género. Ao longo do jogo também Odomes, Omlid, Kloof, e João Fernandes foram sancionados.
Não é só altura...
A desvantagem do Porto no jogo interior era esperada com a ausência de Arledge e com o fraco rendimento de Mus Barro nos últimos encontros, mas a verdade é que nem assim o Sporting conseguiu dominar as tabelas. Os dragões acumularam 47 ressaltos contra 40 dos leões. Ainda assim estes ressaltos nem sempre se traduziram em cestos e nesse parametro leva vantagem a equipa de Luís Magalhães que conseguiu 28 pontos na zona pintada contra 20 da turma de Moncho López.
A dança (bem portuguesa) dos bancos
Numa modalidade em que a qualidade é invariavelmente apontada ao desempenho dos americanos do plantel, não deixa de ser de salutar os bons jogos de um experientíssimo Miguel Maria Cardoso, ou dos jovens Vlad e Francisco Amarante e do ainda mais jovem Daniel Relvão
As fotos pertencem ao FC Porto e/ou à Federação Portuguesa de Basquetebol.
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