top of page
Foto do escritorMiguel Correia

Para lá da linha de 3 pontos

Não tivemos de esperar muito para ver um clássico nesta edição da Liga Portuguesa. Dragões e Leões encontraram-se logo na segunda jornada e a equipa portista conseguiu infligir a primeira derrota caseira aos campeões em titulo.


A equipa da casa foi a jogo com Diogo Ventura, Travante, Micah Downs, Omlid e Joshua Patton, ao passo que Moncho López apostou em Kloof, Odomes, Landis, Arledge e Miguel Queiróz.





Os leões começaram o encontro a mostrar ao que vinha e as garras dos comandados de Luís Magalhães foram-se afiando da linha de 3, onde Micah Downs tratou de abrir as hostilidades, mas onde Omlid seria mais feliz. O reforço do Sporting rapidamente chegou aos 9 pontos, fruto de três triplos convertidos, a felicidade do ex-Imortal desde a marca dos 6.75m foi marca evidente durante todo o encontro e que o levaram a ser o melhor marcador com a pequena curiosidade de não ter convertido nenhum lançamento de 2 pontos (21pts - 6/8 3pt, 3/4 lance livre).


A superioridade verde e branca foi acentuada pela ineficácia ofensiva dos dragões que, aliada à falta de concretização no ataque, não conseguiam parar um Omlid que parecia endiabrado.





Quando perdia por 9 (16-7) o treinador galego do FC Porto viu-se obrigado a pedir um desconto de tempo que serviu para parar a sangria ofensiva dos leões e colocar a equipa da cidade invicta na disputa pelo resultado, sendo que ao fim dos 10 primeiros minutos de jogo os azuis e brancos perdiam por 6 (19-13).


No 2º quarto a diferença pontual não se alterou muito, Omlid (21pts, 8rst) continuava a brilhar e no lado portista, Arledge (8pts, 6rst), Kloof ou Landis (17pts, 2rst e 3ast) não iam mostrando tudo o que sabem. Todavia nem tudo era um mar de rosas para a equipa da casa, que se da linha de 3 vivia no céu, ia tendo um problema infernal com as faltas. O próprio Omlid era um dos jogadores visados nessa questão, bem como Micah Downs (6pts, 2rst) ou Ventura (9pts, 4ast).


As faltas acabaram mesmo por marcar a segunda parte do encontro. Muitas faltas. Muitos erros. Algumas perdas de bola. Pouca clarividência. No meio desta confusão a experiência de Charles Kloof (19pts, 5rst, 5ast) manteve o Porto à tona e impulsionados por um neerlandês que não deixa de surpreender, os portistas conseguiram chegar à liderança do encontro a faltar 20 segundos para o fim do 3º quarto, pela mão de Rashard Odomes (10pts, 10rst). Durou pouco a vantagem dos dragões, já que Mike Fofana (12pts, 2rst) devolveu a liderança aos leões em cima da buzina, mas o aviso ficava. O Porto crescia e o Sporting cada vez com mais jogadores em risco de exclusão.





No último quarto a toada crescente dos azuis e brancos manteve-se e se Moncho López ainda deu descanso a Kloof nos primeiros minutos do derradeiro quarto, rapidamente voltou a lançar o número 90 no jogo.

Os primeiros minutos veriam um final de jogo muito renhido em que a liderança se ia dividindo. Ora afundava Mus Barro (9pts, 8rst), ora finalizava Travante, ora afundava Kloof, ora finalizava Travante (8pts, 4rst, 4ast). Até que o abono de família da equipa leonina foi também excluído, juntando-se a Omlid. Sem os dois melhores jogadores o Sporting CP não conseguiu ombrear com um FC Porto que soube viver para lá da linha de 6.75m (ou para cá, no caso).


Domínio na área pintada


O Sporting parece que está a sentir a saída de Fields. O portentoso poste saiu dos leões, bem como Cláudio Fonseca e não podendo contar com João Fernandes neste jogo os dragões sabiam que a vitória teria de passar pela luta das tabelas, onde foram sobejamente superiores. (48 ressaltos do Porto - 20 ofensivos e 28 defensivos VS 31 ressaltos do Sporting - 12 ofensivos vs 19 defensivos)


Fator Kloof

O historial com que chega ao Porto já deixa muita gente a suspirar, mas o internacional pelos Países Baixos sabe que é com a bola nas mãos que se confirmam os estatutos. Se nos últimos anos a nomenclatura de "melhor jogador da liga portuguesa" era rapidamente atribuída a Travante Williams, parece que os anos de domínio para o base do Alasca estão a terminar.


Omlid e uma liga mais competitiva

Para quem escreve e para quem lê sobre esta liga que tanto nos fascina, o grande jogo de Omlid não espanta ninguém, mas deve mostrar que, tal como Omlid, há cada vez mais jogadores de grande qualidade nesta liga e que muitas vezes não é preciso olhar para o estrangeiro para trazer bons reforços.





Todas as fotos pertencem à Federação Portuguesa de Basquetebol.

58 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page