Guia: Giro d'Italia 2022
Giro d'Italia
O Giro d`Italia ou Volta a Itália, como é conhecido em Portugal, é uma das principais provas do calendário internacional de ciclismo. Disputado durante o mês de maio, o Giro é uma das 3 grandes voltas, sendo a primeira a surgir no calendário. A primeira edição desta grande volta, teve como data 13 de maio de 1909, numa etapa que ligou a capital italiana, Roma, à cidade de Bolonha. Na sua primeira edição, a prova teve apenas 8 etapas, sendo essas realizadas a cada dois ou três dias, pois, tal como o Tour, a criação do Giro está ligada a um jornal desportivo, o “La Gazzetta dello Sport”, que tinha uma publicação trissemanal. O vencedor desta primeira edição da Volta a Itália foi Luigi Ganna.
Este ano, o Giro marca a edição 105 da prova e, em Portugal, todos os olhos estão postos em João Almeida. O ciclista português brilhou nas últimas duas edições da prova, tendo conquistado o 4º lugar em 2020 e o 6º em 2021. Esta temporada, numa nova equipa (UAE Team Emirates), João é um dos principais favoritos a vencer a classificação geral da prova italiana.
Startlist:
Percurso:
06/05 | Etapa 1 | Budapeste – Visegrád (195 km)
Este ano, o Giro tem a particularidade de começar na Hungria. Numa primeira etapa, que começa na capital húngara, os ciclistas terão de percorrer 195 quilómetros para conhecer o primeiro líder da prova. A etapa é quase plana, à exceção do final, onde o terreno inclina. Os últimos cinco quilómetros serão todos feitos a subir, com uma pendente média de 5% e máxima de 8%.
07/05 | Etapa 2 | Budapeste | Contrarrelógio Individual (9.2 km)
Ainda na Hungria e de volta à capital, os ciclistas terão na segunda etapa um contrarrelógio individual de cerca de nove quilómetros. Ainda que seja uma distância um pouco curta, podem começar a fazer-se algumas diferenças na geral. Os 1300 metros finais serão realizados em subida, com uma pendente média de 5% e máxima de 14%, nos primeiros metros da subida, que serão os mais duros.
08/05 | Etapa 3 | Kaposvár – Balatonfured (201 km)
Ao terceiro dia de prova, os sprinters terão a primeira oportunidade de disputar uma vitória. No último dia fora de Itália, espera-se uma etapa calma e sem grandes acontecimentos relevantes para o desfecho da prova.
10/05 | Etapa 4 | Avola – Etna (172 km)
Depois do primeiro dia de descanso, o pelotão entra em solo italiano e com um grande desafio pela frente. O quinto dia de prova marca a primeira chegada em alto desta edição do Giro. Com cerca de 170 quilómetros, a etapa termina com a famosa subida ao Etna, onde, em 2020, João Almeida conquistou a camisola rosa que carregou durante 15 dias. Este será o primeiro teste aos candidatos à vitória final.
11/05 | Etapa 5 | Catania – Messina (174 km)
Depois de uma etapa duríssima, segue-se uma em que os ciclistas não terão grande descanso. Ao sexto dia surge a primeira etapa de média montanha, com uma subida de segunda categoria situada ainda na primeira metade do percurso. Para os homens rápidos que querem disputar a etapa, não será um alto muito difícil de ultrapassar, a não ser que alguma equipa planeie endurecer a subida.
12/05 | Etapa 6 | Palmi – Scalea (192 km)
Apesar da etapa 6 apresentar uma pequena subida no início do seu percurso, será, certamente, uma etapa calma para os homens da geral, onde os sprinters poderão disputar à vontade a vitória e começar a pensar na classificação por pontos.
13/05 | Etapa 7 | Diamante – Potenza (196 km)
Já depois de 7 dias de prova o pelotão e, mais precisamente, os homens da geral irão ter um dia importante para as contas do giro. Numa etapa de constantes altos e baixos, os ciclistas irão ter de ultrapassar quatro montanhas ao longo dos 196 quilómetros. Nota para a subida ao Monte Sirino, que tem 24 quilómetros, com média 3,8% de inclinação. Também a subida de segunda categoria, com 6,6 quilómetros e uma pendente média de 9,1% é de ter em conta.
14/05 | Etapa 8 | Nápoles – Nápoles (153 km)
Num dia que começa e termina na cidade de Nápoles, o pelotão irá correr num percurso realizado inteiramente em estradas urbanas. A etapa tem sucessivas colinas que irão desgastar bastante os ciclistas. Esta parece ser uma etapa com a cara de Mathieu Van der Poel.
15/05 | Etapa 9 | Isernia – Blockhaus (191 km)
Na etapa que antecede o segundo dia de descanso desta edição do Giro, os ciclistas terão um dia de alta montanha pela frente, com duas subidas de primeira categoria. A primeira aparece a cerca de 44 quilómetros para o fim e, terminada a subida, os cilistas irão descer até ao início da montanha que os levará à meta. A última inclinação do dia tem cerca de 13 quilómetros, com uma pendente média de 8,4% e máxima de 14%.
17/05 | Etapa 10 | Pescara – Jesi (196 km)
Numa etapa dividida em duas metades - uma primeira mais plana e uma segunda onde aparecem colinas - o pelotão terá que ter muita atenção visto que, à medida que se forem aproximando do final, as estradas começam a ficar mais estreitas e, em alguns locais, até mesmo danificadas.
18/05 | Etapa 11 | Santarcangelo di Romagna – Reggio Emilia (203 km)
Muito provavelmente, este será o dia mais calmo de toda esta edição da Volta a Itália. Com 203 quilómetros de extensão, a etapa será toda realizada em terreno plano. Esta será mais uma oportunidade para os homens rápidos lutarem pela vitória.
19/05 | Etapa 12 | Parma – Genova (204 km)
Com três subidas de terceira categoria, a 12ª etapa não será, certamente, uma etapa em que os homens da geral poderão baixar os níveis de concentração. Apesar das subidas, os quilómetros finais da etapa serão completamente planos, o que poderá levar a uma chegada de um grupo bem composto.
20/05 | Etapa 13 | San Remo – Cuneo (150 km)
Com uma única subida, o Colle di Nava, na primeira metade do percurso, a etapa irá depois prosseguir ao longo da planície de Cuneo, que irá levar os ciclistas até ao final.
21/05 | Etapa 14 | Santena – Turim (147 km)
A 14ª etapa do Giro é uma das mais curtas desta edição. Ainda assim, tendo em conta o percurso, neste dia não irá faltar intensidade. Com cinco contagens de montanha, a etapa é marcada por um constante sobe e desce entre montanhas. Apesar da extensão das subidas ser curta, terá pendentes muito elevadas, o que as tornará bastante duras.
22/05 | Etapa 15 | Rivarolo Canavese – Cogne (178 km)
Antes do último dia de descanso desta Volta a Itália, os ciclistas ainda terão uma longa montanha para escalar, literalmente. Com duas subidas de primeira categoria e uma última de segunda, a etapa terá uma dureza bastante elevada e poderá fazer algumas diferenças na classificação geral. Esta etapa é marcada pela sucessão de subidas Pila, Verrogne e Cogne, que são conhecidas pelas famosas curvas em "cotovelo" ao longo do seu percurso.
24/05 | Etapa 16 | Salò – Aprica (202 km)
Ao 18º dia de prova, eis a etapa rainha desta edição. Com mais de cinco mil metros de acumulado, divididos entre três subidas de primeira categoria, esta é a etapa onde se pode ganhar ou perder o Giro. Apesar de não terminar no topo, a última subida conta com 13,5 quilómetros realizados a uma pendente média de 8%. Nesta última montanha, quanto mais os ciclistas subirem, mas aumentam a inclinação da estrada.
25/05 | Etapa 17 | Ponte di Legno – Lavarone (168 km)
Nesta última semana, os corredores não irão ter descanso. Depois da etapa rainha, segue-se. também, uma etapa de montanha. O percurso apresenta duas subidas de primeira categoria, sendo a última (Menador) a mais dura, com cerca de oito quilómetros a apresentarem uma pendente média de 9,9%.
26/05 | Etapa 18 | Borgo Valsugana – Treviso (152 km)
Depois de dois dias bastante duros, surge uma etapa que, ao que tudo indica, poderá servir como um dia para os homens da geral recuperarem energias, ainda que em cima da bicicleta, para as últimas etapas.
27/05 | Etapa 19 | Marano Lagunare – Santuario di Castelmonte (177 km)
A antepenúltima etapa do Giro tem a particularidade de pisar terreno esloveno. Com 3230 metros de acumulado, o dia irá terminar com a subida ao alto do Santuario Di Castelmonte, que apresenta sete quilómetros de extensão, com uma inclinação média de 7,8%.
28/05 | Etapa 20 | Balluno – Marmolada (168 km)
Com cerca de 4500 metros de acumulado, divididos entre duas subidas de primeira categoria e uma de categoria especial, nesta etapa poderão existir as últimas grandes diferenças de tempo na geral. Na última ascensão do dia, os ciclistas terão 18,5 quilómetros pela frente, com uma pendente média de 6,2% e máxima de 15%. De frisar que o final da subida será a parte mais dura da mesma.
29/05 | Etapa 21 | Verona | Contrarrelógio Individual (17.4 km)
Depois de 20 dias de competição, os ciclistas chegam a Verona para realizar o contrarrelógio final, que irá coroar o vencedor do Giro. Com uma ligeira ascensão no seu percurso, este esforço individual poderá favorecer aqueles que rolem melhor na montanha. A sua extensão não é elevada, mas pode servir para fazer mexer a geral no último dia.
Principais favoritos:
- Carapaz
- J. Almeida
- M.A. Lopéz
- S. Yates
- M. Landa
- H. Carthy
- R. Bardet
- G. Ciccone
- P. Bilbao
- T. Dumoulin
- R. Porte
- I. Sosa
- J. Hindley
- G. Martin
- W. Kelderman
- T. Foss
- E. Buchmann
- T. Arensman
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