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Foto do escritorSimão Mata

O “VERDÃO” DE ABEL, O TRAQUINAS DA BRIOSA E O FLOP DE KLOPP

As partidas de futebol durante o fim-de-semana (e mesmo durante a semana) são um mar imenso. Jogos a todas as horas, de manhã, à tarde e à noite, a todos os minutos, fazendo com que nós, apaixonados pelo desporto-rei, fiquemos sempre de coração partido por não conseguir acompanhar todas as partidas. Certamente que o “futebol indústria” tem muito que ver com esta avalanche competitiva a que assistimos nos últimos tempos. E as queixas de treinadores e jogadores já se fazem ouvir: as “bocas” de Carlos Carvalhal a propósito do seu Braga ou até mesmo Ronald Koeman, técnico do Barcelona, que referiu mesmo a este propósito: “estamos a matar os jogadores, não podemos ir por este caminho”. Uma questão que se a ela me detivesse, escreveria um texto só sobre isso. Não é, contudo, isso que pretendo. Fruto da quantidade enorme de jogos disputados, vemos, por isso, partes de partidas, lances, jogadas, alguns jogos, alguns jogadores que se destacam… É isso que vou fazer já de seguida, tendo em conta aquilo que li, ouvi e vi sobre o futebol nacional e internacional este fim-de-semana.


© UOL


Em primeiro lugar, destaco o Palmeiras de Abel Ferreira que perdeu nas meias-finais do Campeonato do Mundo de Clubes diante do Tigres do México por uma bola a zero. Esta desilusão não torna, porém, os feitos do treinador português em terras de Vera Cruz num mero fenómeno do acaso. A conquista da Libertadores foi feito de enorme monta para este “Verdão” de Abel Ferreira, onde pontificam jogadores que podem muito bem, a curto prazo, vir a dar o salto para solo europeu: casos de Gabriel Menino, Roni (Extremos) ou ainda do lateral direito uruguaio Matías Viña. Mas nas meias-finais do Campeonato do Mundo de clubes a formação mexicana esteve melhor durante praticamente toda a partida e fez história ao ser o único clube vencedor da Liga dos Campeões da CONCAF - competição que junta equipas da américa do norte e central - a disputar uma final daquela competição. Destacaram-se na formação comandada por Ricardo Ferreti, o lateral direito mexicano Luis Rodríguez, o veterano avançado francês André-Pierre Gignac e o avançado paraguaio Carlos González. Este trio promete fazer das suas na final que será disputada ou com o Bayern de Munique ou com o Al Ahly.



© Diário de Leiria

Gostava ainda de falar da excelente partida de futebol a que assisti no passado sábado entre Estoril e Académica de Coimbra. Tratou-se de um jogo muito disputado, com ambas as equipas a procurarem vencer e a justificarem o por quê de estarem nos lugares cimeiros da Liga SABSEG. Valeu, nos momentos finais do jogo, a “traquinice” de Traquina que num chapéu de belo efeito bateu o guardião da equipa da casa, Dani Figueira, para o dois a um final a favor dos forasteiros. Um golo que levou a uma verdadeira apoteose na turma da briosa, ficando assim no topo da classificação e colocando precisamente o Estoril em segundo lugar. De resto, a segunda liga portuguesa apresenta altos níveis de competitividade, com equipas muito niveladas o que torna o campeonato bastante apetecível de se ver. De minha parte, sempre que posso, gosto de espreitar este campeonato, tomar as minhas notas e ver os melhores jogadores e equipas.


© GOAL

Notas finais para a Premier League.E destaque para a derrota caseira do Liverpool diante do Manchester City por quatro bolas a uma. Todas as equipas têm altos e baixos, é certo, mas há qualquer coisa neste Liverpool de Klopp que já não enche os corações dos amantes do futebol. Já o City, de Guardiola, que começou a temporada um tanto ou nada titubeante, surge agora no topo da classificação. É assim mesmo no futebol inglês: ora numa jornada se está muito abaixo na tabela como, de uma jornada para outra, já se figura no topo. No Sábado, o United de Solsaker mostrou a sua imaturidade competitiva ao permitir que nos minutos finais o endiabrado avançado do Everton, Dominic Calvert-Lewin (o melhor marcador da Premier), empatasse o jogo a três bolas em pleno Old Trafford. De facto, este United de Solsakaer, apesar de melhor do que os últimos tempos da Era Sir Alex Ferguson, ainda não apresenta, de todo, a chamada tarimba de campeão.


Simão Mata

08/02/2021

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